Por Jaconias Neto
A greve nacional dos caminhoneiros, prevista para esta quinta-feira (04/12), está sendo organizada por representantes da categoria, com apoio do jurista e desembargador aposentado Sebastião Coelho. Segundo os líderes, o movimento busca melhores condições de trabalho, segurança nas estradas e valorização profissional, sem vínculos com partidos ou ideologias políticas.
Chicão Caminhoneiro, da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), ressaltou que o projeto foi construído “a várias mãos” e tem como objetivo garantir os direitos da categoria. “Nosso foco é trabalhista, não político. Queremos ser respeitados e ouvidos”, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais.
Na terça-feira (2), Chicão entregou uma ação à Presidência da República no Palácio do Planalto, buscando respaldo jurídico para a paralisação. Ao lado dele, Sebastião Coelho afirmou que oferecerá suporte legal ao movimento e que todas as medidas estão dentro da legalidade.
“Vamos assegurar que os caminhoneiros possam exercer seu direito constitucional à manifestação sem sofrer represálias”, declarou Coelho, reforçando o compromisso de informar a população sobre futuras atualizações.
Os organizadores orientaram os motoristas a respeitar o direito de ir e vir da população e seguir rigorosamente as normas de trânsito durante a greve.
Embora algumas lideranças ligadas ao bolsonarismo, como Sebastião Coelho, apoiem o movimento, os organizadores têm reforçado publicamente que a paralisação é apartidária. O objetivo é preservar a legitimidade da mobilização perante a sociedade e as autoridades.
Caso a adesão seja alta, a paralisação pode impactar o abastecimento em algumas regiões. Até o momento, entidades como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) não se posicionaram oficialmente sobre o apoio ao movimento.
