Várias barreiras sanitárias do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (IndeaMT) localizadas na fronteira Brasil/Bolívia começaram a serem fechadas na tarde desta quarta-feira (02/12). As barreiras da Corixinha, Corixa e Avião Caído em Cáceres, Fortuna e Las Petas em Porto Esperidião, Ponta do Aterro e Marphil em Vila Bela da Santíssima Trindade estão sendo desativadas.
Outro fator alertado pelos produtores rurais da fronteira é a preservação da sanidade animal na região, os postos são fundamentais para segurança sanitária.
Os postos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) são também pontos de segurança para os produtores rurais, haja vista que em convênio entre os órgãos e as forças
de seguranças são colocados em cada base policiais militares que auxiliam na segurança da região da barreira sanitária.
O Sindicato Rural de Cáceres recebeu com preocupação a notícia do fechamento dos postos de controle do INDEA, órgão de fiscalização, controle e vigilância do Estado para questões sanitárias, assim como a falta da presença do Ministério da Agricultura.
“A fronteira com a Bolívia necessita muito mais que apenas o controle do trânsito de animais. Ambos países possuem legislação distinta e a ausência estadual e federal na região se apresenta como descaso e desconhecimento das dificuldades e problemas que ocorrem na região sudoeste do Estado”, armou a Presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Ida Beatriz.
Ainda de acordo com a presidente, existem casos de trânsito de material biológico, sementes, alimentos, defensivos agrícolas, medicamento de uso veterinário que estão fora das pautas da Agência de Vigilância Sanitária Nacional e impacta diretamente no setor Agropecuário e base produtiva da região. Outro fator preocupante é que as Províncias de San Matias e San Ignácio não estão livres da vacinação de aftosa, que é um status que o Brasil vem caminhando para alcançar.
Outro alerta feito por Ida Beatriz foi a economia da região, “Acredito que o Agronegócio, base da economia do Estado e que durante a pandemia segurou a balança comercial do país, tenha que solicitar ao Executivo Federal e Estadual uma postura que não comprometa o trabalho que vem sendo feito pela classe produtora”.
Por outro lado
Por meio de nota o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT) informou que a defesa sanitária na fronteira do Estado não está sendo prejudicada, pois há quatro equipes volantes com servidores do Indea-MT e policiais responsáveis por esta vigilância no que se refere ao trabalho do Instituto. Além disso, existem as unidade do Indea-MT sediadas nos municípios de fronteira que também atuam na defesa sanitária.