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Morador de Pontes e Lacerda mata detetive em Dourados a mando de mãe de santo


Morador de Pontes e Lacerda mata detetive em Dourados a mando de mãe de santo

A execução da detetive particular e empresária Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57, ocorrida em 19 de Junho, em Dourados, foi desfecho de uma história envolvendo disputa interna pelo controle dos negócios da família, brigas entre ela e o marido, o também detetive G. F. S., e até rituais religiosos.

Foi sob as ordens de um “guia espiritual” que o mato-grossense J. O. M. J., 32, afirma ter agido ao disparar o tiro mortal na cabeça de Zuleide, na tarde de sábado passado.

No depoimento à Polícia Civil, o assassino confesso disse que a execução foi tramada pela mãe de santo S. da S., 56, e por G. F. S. . Os três estão presos em Dourados. W. F. S., 25, amigo de J. O. e filho de G., está preso no Mato Grosso.

J. O. afirmou ter conhecido W. em Pontes e Lacerda (MT), onde chegaram a dividir casa. Já em 2021, passando por dificuldades, ele procurou o amigo, que estava em Dourados, e foi convidado a se mudar para Dourados.

Casa e emprego

Por influência de G. – bastante conhecido em Dourados –, uma semana depois de chegar à cidade J. O. já estava empregado em escritório de contabilidade localizado na Avenida Hayel Bon Faker.

Também por influência do detetive, J. O. foi morar na casa de S., no residencial Dioclécio Artuzi, mesma região onde Zuleide foi morta. No local também moram o marido da mãe de santo e o filho do casal, de 14 anos.

Segundo o matador, S. era orientadora espiritual de G. e de W. Durante as “consultas”, segundo o criminoso, a mãe de santo dizia para o detetive que ele tinha de “dar um jeito” em Zuleide e teria de matá-la.

Incorporada 

No dia 10 de julho, supostamente “incorporada com o guia”, S. teria dito a J. O. para ele matar Zuleide, pois seria “protegido pelo guia”. Ele afirmou ter se negado inicialmente, mas acabou cedendo.

Segundo o pistoleiro, foi S. e W. que armaram a emboscada para a empresária usando o chip de celular habilitado por G. em nome de uma antiga cliente já morta. A mãe de santo ligou para Zuleide e marcou encontro com a desculpa de que estava interessada em contratar seus serviços de detetive.

O pistoleiro contou que Zuleide, definida por outras testemunhas como pessoa de comportamento difícil e que “brigava com todo mundo”, possuía desavenças com seu amigo W. Já teria inclusive mandado o enteado embora de casa. Ele também estava morando na casa da mãe de santo.

Na tarde de sábado, quando a mulher chegou ao local do suposto encontro, W. e J. O. já a esperavam. Sob a mira do revólver comprado por G. e entregue pela mãe de santo, a dupla arrancou a empresária da picape Montana.

W. ficou no carro com o sobrinho-neto de Zuleide, garoto de 7 anos que a acompanhava. J.O. levou a vítima até uma mata nos fundos do residencial Vival dos Ipês e a matou com tiro na cabeça.

J. O. afirmou não ter recebido nenhum pagamento para executar a mulher, mas confessou que G. e W. prometeram que ele iria ajuda-los a tocar a empresa de monitoramento, registrada em nome de Zuleide.

 

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS