Por Assessoria
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo ex-agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), identificado pelas iniciais W. F., demitido após processo disciplinar por envolvimento com atividades ilegais de garimpo em Pontes e Lacerda.
A portaria foi assinada pelo procurador Renan Alexandre Corrêa de Lima e publicada na última sexta-feira (22/08).
De acordo com o MPF, a investigação tem como base os fatos apurados no processo administrativo disciplinar que levou à demissão do ex-servidor. Além disso, ele já responde a uma ação penal na 2ª Vara Federal de Cáceres por crimes ambientais, usurpação de bens da União, associação criminosa e violação de sigilo funcional.
As investigações apontam que, entre 2014 e 2020, o grupo do qual ex PRF faria parte explorava ilegalmente ouro na zona rural de Nova Lacerda , utilizando explosivos e causando destruição em áreas de floresta nativa. O inquérito também apura se o ex-agente repassava informações sigilosas obtidas no exercício do cargo para dificultar ações de apreensão do material extraído.
O procedimento será conduzido pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e terá prazo inicial de um ano, podendo ser prorrogado. O objetivo é verificar se as condutas atribuídas ao ex-agente configuram atos de improbidade administrativa previstos na Lei nº 8.429/1992.
“O inquérito civil é voltado à apuração de fatos que possam justificar a atuação do Ministério Público, servindo como preparação para o exercício de suas atribuições institucionais”, destacou o procurador.
No início deste ano, a Justiça já havia condenado dois policiais civis de Pontes e Lacerda por envolvimento em garimpo considerado ilegal.
