Por Redação
A Prefeitura de Pontes e Lacerda resolveu assinar os aditivos e contratos e documentos que aumentam em 71% os pagamentos e que totalizam R$ 534 mil, com validade a partir do mês de Julho/2023, destinados à Santa Casa de Pontes e Lacerda.
Até o mês passado o Poder Público Municipal repassava R$ 312 mil, desde setembro de 2021, sem reajuste. Agora aumentou em R$ 222 mil o valor a ser pago.
O novo valor é fruto do acordo realizado em 10 de março deste ano com o apoio do Governador Mauro Mendes e liderado pelo deputado Valmir Moretto para atender reivindicação do Hospital de que os valores repassados eram inferiores aos efetivamente gastos com a saúde no Município. O déficit foi confirmado em Laudo Técnico emitido pela Secretaria Estadual de Saúde.
A realidade
A diretoria da Santa Casa vinha há anos reclamando que o valor de R$ 312 mil pagos pela Prefeitura para a prestação do serviço de Pronto Atendimento era insuficiente, mas nunca foi ouvida. Para continuar atendendo à população dos municípios da região e Pontes e Lacerda, 0 Hospital "vem dando calote nos fornecedores" e deixando de recolher verbas trabalhistas, como FGTS dos funcionários, além de sofrer bloqueios judiciais de valores, porque não tem condições de repactuar dívidas com credores.
Com a pressão dos demais prefeitos e do deputado Valmir Moretto, não restou outra alternativa ao prefeito de Pontes e Lacerda a não ser atualizar o valor e deixá-lo próximo do ideal, que é de no mínimo R$ 650 mil, segundo a direção do Hospital.
Pacientes internados comprando remédios
O aumento de 71% chegou atrasado. Esse valor deveria ter sido pago desde março, data do acordo. Com essa demora, o Município deixou de repassar ao hospital quase R$ 1 milhão. Era por isso que muitos pacientes eram "convidados" a comprar remedios porque o Hospital não tinha recursos para aquisição medicamentos e insumos, em razão dos R$ 222 mil deixados de serem pagos mensalmente pela Prefeitura.
Hospital quer receber dinheiro retido pela Prefeitura da época do Covid
A Prefeito de Pontes e Lacerda continua retendo indevidamente dinheiro destinado à Santa Casa, que continuam na conta da Prefeitura, alguns desde a época do Covid. Em abril deste ano esse valor era de R$ 1,5 milhão. Cinquenta por cento deste valor é ainda da época da Covid, segundo o Hospital.