Novas denúncias sobre a crise financeira da Santa Casa de Pontes e Lacerda evidenciam claramente o jogo que impera nos porões da política onde a saúde e a vida da população é somente mais um componente macabro para satisfazer o autoritarismo e massagear o ego de governantes de plantão.
As denúncias de falta de recursos no Hospital voltaram a aparecer nesta semana. Veja a lista:
– não há dinheiro para compra de medicamentos e insumos, alguns com valores insignificantes, como agulhas e remédios populares;
– médicos estão sem receber salários de março e abril
– dinheiro da conta do hospital bloqueado por ações judiciais de fornecedores e trabalhistas
Situação podia ser diferente
O excelente acordo político ocorrido em 10 de março deste ano envolvendo o Governador Mauro Mendes, por iniciativa do deputado Valmir Moretto e alguns prefeitos da região, aumentava o volume de recursos para o Hospital – reconhecidamente com déficit mensal de R$ 600 mil através de relatório da Secretaria Estadual de Saúde. O Prefeito de Pontes e Lacerda é o único entrave que impede a Santa Casa de receber o valor do acordo, contrariando vontade política do governador, do deputado estadual e dos prefeitos dos municípios da região.
O novo valor da contribuição do Estado e dos municípios deve ser repassado através da Prefeitura de Pontes e Lacerda. E o atual Executivo Municipal decidiu “sentar em cima” do acordo, Temos a informação de ele diz que não assina qualquer contrato e nem aceita ser usado como “ponte” para repassar recursos públicos recebidos do Estado e municípios e que venham a favorecer e viabilizar economicamente a Santa Casa.
Deve ser verdade. A Solben, empresa que administra o Hospital, ingressou na semana passada com ação judicial para que o município de Pontes e Lacerda seja impelido a comprir o acordo em que o próprio administrador público ajudou a construir.
Enquanto o acordo não vem, a Santa Casa deixou de receber R$ 600 mil reais a mais, entre março e abril. E vai continuar dando calote em fornecedores, não pagando salário de médicos e nem comprando medicamentos se o prefeito com mandato até o ano que vem não tirar o acordo do assento da “cadeira da realeza” e colocá-lo para funcionar.
Ou torcer para que o Governador Mauro Mendes tire a Santa Casa das mãos da Prefeitura e acabe com essa política rasteira que só prejudica Pontes e Lacerda e uma população de 120 mil habitantes da região sudeste do Estado.