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Vereadores que apoiam o Executivo em Pontes e Lacerda se arrependem da votação das comissões, fazem nova sessão e descumprem acordo firmado entre eles mesmos


Para quem conhece política, o que aconteceu na Câmara Municipal na sessão extraordinária foi um horror, uma aberração.

Por Redação

Vereadores que apoiam o Executivo em Pontes e Lacerda se arrependem da votação das comissões, fazem nova sessão e descumprem acordo firmado entre eles mesmos

Os vereadores que apoiam o Poder Executivo em Pontes e Lacerda foram protagonistas de uma aberração política na sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira.

Depois de uma sessão onde definiram de forma consensual e unânime a composição dos membros das comissões, decidiram voltar atrás na decisão e promoveram uma sessão extraordinária nesta quarta-feira para mudarem a votação, retirando vereadores da oposição dos cargos importantes nas principais comissões daquela Casa.

A justificativa de alguns foi de que não foram preparados para a primeira sessão. Outros disseram que se arrependeram da votação e aceitaram fazer as mudanças.

Nenhum deles é ingênuo, embora em início de mandato, todos sabem que a palavra de um parlamentar e voto são as bases de qualquer ação política.

Influência externa

É consenso que os parlamentares estão sofrendo forte influência política de fora da Câmara. A falta de liderança e a submissão da mesa diretora – principalmente da presidente da Casa – está clara e evidente.

“Alguém não gostou da composição dos membros das principais comissões e mandou a presidente fazer a alteração. E os demais vereadores foram obrigados a seguir a ordem. O desgaste fica para os vereadores”, foi o comentário em um grupo de WhatsApp.

Interessante foi outro comentário: “Para quem vive política, o que a Câmara protagonizou foi uma aberração. Parece casa dos horrores, onde as surpresas que aparecem chegam a arrepiar”.

Péssimo sinal

Em início de mandato, as primeiras decisões “estranhas” da Câmara de Pontes e Lacerda sinalizam que o Poder Legislativo vai continuar sendo subserviente como “um animal que aceita o cabresto desconhecendo a força que tem”.

E se a moda pega, os futuros projetos que serão votados naquele Parlamento poderão sofrer nova votação, dependendo do desconhecimento da matéria e da capacidade de arrependimento dos vereadores.